Mulheres e meninas na ciência: conheça Dorothy Vaughan, Mary Jackson e Katherine Johnson

Hoje, no dia internacional das mulheres e meninas na ciência, decidimos homenagear três mulheres que tiveram um papel muito importante no mundo cientifico: Dorothy Vaughan, Mary Jackson e Katherine Johnson, as três mulheres que inspiraram o filme “Estrelas além do tempo”.

Esse post é um presente para todas que também desejam trilhar um caminho lindo pela Ciência.

Conheça a Dorothy Vaughan

Durante a Segunda Guerra Mundial, Dorothy Vaughan começou a trabalhar na lavanderia de um quartel e em seu trabalho recebeu a notícia de que haviam aberto vagas para pessoas formadas em matemática. Dorothy conseguiu a vaga e especializou-se em rotas de vôo e programações matemáticas.

Após ser contratada, Dorothy Vaughan foi designada para a chamada West Area Computers, uma área segregada com mulheres negras com formadas em matemática, cujos cálculos eram usados em projetos espaciais e de aviação.

Em 1949, Vaughan se tornou chefe da West Area Computers, liderando um grupo de trabalho composto inteiramente de mulheres negras e matemáticas. Com essa promoção, Vaughan se tornou a primeira supervisora negra na NACA, uma das poucas mulheres, em uma época em que o racismo era explícito no país.

Dorothy Vaughan aposentou-se da NASA em 1971 e faleceu dia 10 de novembro de 2008.

Conheça a Mary Jackson

Em 1942, Mary formou-se no Hampton Institute, com dupla graduação em Matemática e Ciência Física.

Jackson teve muitos trabalhos antes de trabalhar na NASA. Porém, foi só em 1951 que Mary Jackson conseguiu um emprego na NACA (predecessora da NASA) em Langley, Virginia. Ela começou seu trabalho como matemática ou “computador humano” como eram conhecidas as mulheres matemáticas à época.

Em 1953, ela se mudou para outro departamento do NACA, o Compressibility Research Division. Devido à desigualdade de agência e segregação, Mary considerou a aposentadoria. Mas, o engenheiro Kazimierz Czarnecki (Kazimierz Czarnecki) a fez mudar de ideia e a convidou para trabalhar diretamente com ele no Supersonic Pressure Tunnel. Ciente das habilidades de Jackson, Czarnecki a encorajou a fazer aulas de engenharia e mudou seu título de “matemática” para “engenheira”.

Depois de obter o direito de assistir às aulas na segregada escola Hampton High, Mary completou seu diploma e foi promovida a engenheira aeroespacial e, em 1958, se tornou a primeira engenheira negra da NASA. Ela se tornou uma especialista no trabalho com túneis de ventos e na análise de dados de aeronaves experimentais. Em quase 20 anos, a carreira de Mary foi muito frutífera, ele foi autora e coautora de dezenas de artigos sobre o estudo do comportamento do ar em torno de aeronaves.

Mary trabalhou na NASA até sua aposentadoria em 1985. Ela morreu em 11 de fevereiro de 2005, aos 83 anos. Deixou sua marca para sempre na história da luta pelos direitos das mulheres, negros e outras minorias.

Conheça a Katherine Johnson

Katherine, aos 18 anos, se formou na faculdade. Era o auge de Grande Depressão e haviam poucos empregos, então, ela foi dar aulas no Ensino Médio. Na década de 1950, a Nasa começou a ter mais vagas para mulheres afro-americanas que fossem computadores humanos. Katherine se candidatou e conseguiu um emprego!

Katherine queria saber de todos os detalhes daquilo em que estava trabalhando. Ela não podia participar de reuniões, então, perguntou se era contra a lei que uma mulher assistisse a uma reunião. Sua coragem e sua curiosidade valeram a pena, e ela foi incluída nas reuniões. O cálculo de planos de voo envolvia equações de geometria complexas, e Katherine era muito boa nelas. Ela foi transferida para trabalhar no projeto Mercury, de 1961, e conseguiu calcular a janela de lançamento.

Sua habilidade com matemática era extraordinária, e ela logo virou uma líder no cálculo de trajetórias, sendo uma parte essencial da equipe que calculou a rota para a primeira missão tripulada à Lua, em 1969. Ela fez grande parte dos cálculos do projeto e também ficou encarregada de analisar as contas dos novos computadores mecânicos da Nasa. A matemática tinha de ser perfeita para que os tripulantes da Apolo voltassem para a Terra em segurança. A missão Apolo foi um sucesso, e as importantes contribuições de Katherine a tornaram possível.

Ela se aposentou em 1986, depois de 33 anos de trabalho. O reconhecimento de seu trabalho só veio oficialmente em 2015, quando ela recebeu a Presidential Medal of Freedom – a maior condecoração que um civil pode receber nos EUA – das mãos de Barack Obama. Em maio de 2016, a NASA inaugurou uma central de pesquisa batizada com seu nome. Ela morreu aos 101 anos em 24 de fevereiro de 2020.

Histórias como as de Dorothy, Mary e Katherine são inspirações para que você também não desista e conquiste seu lugar na ciência.

Compartilhe esse artigo com todas as mulheres e meninas que também sonham em ter uma carreira na Ciência.

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